domingo, 20 de setembro de 2009

The rain (song)

[ lyric.by.me ]

After the rain
the wind comes to clean
everything that has come undone.
After the rain
everything's so clear,
or maybe it's just the feeling of being home.
After the rainI can feel your hand
blessing every home and every man.
After the rainI just can't help to feel
all you glory coming down the hill.
After the rain.
-
When the rain falls down
I can feel your love,
and it's wiping out
every spot in my heart.

I can feel your grace
reaching every man;
when the rainbow comes,
we're smiling again.

I can see your glow
coming from the stars,
and deep down in my soul
I just wanna be yours.

When we call your name
you bow from the throne
just to hear our prayers.
No, we're never alone.
-

Please make it rain.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Motivo, Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou se desfaço,
- Não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

O laço de fita.

Menina bonita, do laço de fita.
Essa menina cresceu.
Menina bonita, do laço de fita.
Será que ela amadureceu?

-

Conto original:
http://vidacavalcanti.blogspot.com/2007/12/contando-menina-bonita-do-lao-de-fita.html

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Drummond e eu.

Disse Drumm... não, não.
Escreveu Drummond:

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.

Já eu...
Quando eu nasci...
Ah! Quando eu nasci!
Quando eu nasci era Carnaval
e os anjos tinham mais o que fazer.
Pessoas a proteger e caminhos a vigiar.
Mas um, um deles, um sim, somente um.
Um deles desceu e veio me falar.
Pra que lembrar como ele era?
O importa é que ele disse: go!

Sol da sala.

Era corriqueiro cair pó de giz no chão da sala.
O tablado sempre esbranquiçado e com marcas de pés.
Mas naquele dia o apagador caiu, e espalhou
o pó de giz pelo chão.
A imagem a seguir foi incrível:
como o pó do giz amarelo no chão
podia parecer uma pincelada do pintor?
Lembrei-me das técnicas de iluminar a tela, a imagem.
Lindo. Realmente parecia que a
lâmpada artificial era o Sol da sala.
Imagens inusitadas, inesperadas,
simplesmente surpreendentes.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Poemas neoconcretos meus.

MAR SUJO
MAR SUJO MARCO METÁLICO
MAR SUJO MARCO METÁLICO BARCO A MOTOR
MAR SUJO MARCO METÁLICO BARCO A MOTOR ARCO EXTINTO
MAR SUJO MARCO METÁLICO BARCO A MOTOR ARCO EXTINTO AR CINZA

[Original: Ferreira Gullar]

Meu metapoema.

Meus versos terminam em prosa.
(suspiro. penso em como explicar)
Simples: conto minhas histórias
do jeito que quiser.
Só preciso que o meu pensamento
junto com qualquer sentimentos
se-vista-e-seja-visto na palavra.
Mas se quero que o sentimento se transmita
então devo escrever de tal modo que o leitor
possa sentir o que senti. Se não funcionar
ele sentirá o que sentirá. Mas sentirá.
Meus versos terminam em prosa.
Conto minhas histórias do jeito que eu quiser.
Conto minhas histórias.
Minhas histórias.