Ninguém agüenta a sinceridade da maldosa essência humana.
terça-feira, 26 de maio de 2009
Fruto proibido de ser proibido.
Por que não posso ser o que quero e fazer o que me dá vontade? O que me impede de poder te dizer o que penso? A resposta é simples: eu, eu mesmo e o medo. O medo de manifestar o verdadeiro eu. Quem terá medo de mim? Quem me entenderá? Acho, portanto, bem mais fácil me adaptar ao meio, mas não às tendências. Quando penso em explicar um sentimento, outro sentimento me aparece: o de dúvida. Porque deveria eu explicar? Porque vocês deveriam entender? Deixe cada um ser o que bem entende e esconder o que bem quiser, é assim que a sociedade funciona e sempre funcionou. É assim que ela sempre funcionará. Há segredos que não partilhamos. Há segredos que temos medo de simplesmente relembrar para que não venham à tona. Há segredos que temos medo de guardar e falta de coragem para revelar. Não queremos ser discriminados, apontados ou expostos. Deixemos então o Segredo ser eterno, deixe que ele more em todos e cada um. Porque o que seria da vida, da existência, da História sem os segredos? Sem os desejos sujos e vontades contrárias à razão? Deixe o Homem ser sujo e pecaminoso. É essa sua beleza, é esse seu artifício, é assim que ele sobrevive, é essa sua defesa. Pra que pureza? Uma tela branca e brilhante incomoda os olhos, mas uma tela apagada e sem brilho passa despercebida e não incomoda ninguém. Liga-se a tela e se a encarar demais, a vista dói e a cabeça pede descanso. Ninguém agüenta a verdadeira verdade, a total exposição, os fatos explícitos e explicados.
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